Começa nesta sexta-feira (22) e vai até o dia 31 de outubro a Semana Lixo Zero, celebrada em todo o país para mobilizar e provocar novas atitudes visando a redução da produção de resíduos e o melhor aproveitamento dos materiais gerados. No Rio de Janeiro, a Semana Lixo Zero foi incluída no Calendário Oficial da Cidade pela Lei 6.905/2021, de autoria do vereador Prof. Célio Luparelli, aprovada pela Câmara Municipal do Rio, que aproveita a data para iniciar seu projeto de tornar o Palácio Pedro Ernesto o primeiro prédio público “Lixo Zero” do Rio. Ao longo da semana serão instaladas novas unidades coletoras de resíduos para dar destinação adequada ao que é descartado em todos os setores que funcionam no prédio histórico.
O conceito “lixo zero” consiste no máximo aproveitamento e correto encaminhamento dos resíduos recicláveis e orgânicos e a redução – ou mesmo o fim – do encaminhamento destes materiais para os aterros sanitários e\ou para a incineração.
O presidente da Câmara, vereador Carlo Caiado (DEM), destaca o esforço da Casa, que assinou o compromisso em se tornar o primeiro prédio público “Lixo Zero”. “A responsabilidade com o cuidado com o meio ambiente é dever de cada um. Cabe a nós como gestores criar mecanismos para fazer o descarte adequado do lixo . É papel do Parlamento desenvolver boas práticas e servir de exemplo em um tema que é central nos dias atuais”, explica Caiado.
Coordenador do projeto Lixo Zero na Câmara, Bernardo Egas explica a ideia do projeto e da Semana, e destaca o papel que cada cidadão tem na mudança de cultura e proteção do meio ambiente. “A Semana Lixo Zero 2021 é uma oportunidade para a sociedade discutir sobre consumo, bem como os resíduos provenientes desse consumo, aprender sobre as boas práticas Lixo Zero e como aplicá-las no dia a dia, nos inspirando a repensar nossos hábitos e consumo”, afirma.
Vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o vereador Vitor Hugo (MDB) também destaca o papel da Câmara na campanha, e a centralidade que o tema deve ter na agenda atual. "Os nossos aterros estão ficando com a capacidade esgotada. No conceito de Lixo Zero, boa parte do que hoje vai para o aterro irá para a indústria da reciclagem, sem falar da geração de emprego e renda para a nossa população", afirma.
Diagnóstico
De acordo com o levantamento realizado, a geração dos resíduos sólidos no Palácio Pedro Ernesto é de de resíduos não perigosos inertes e não inertes – como orgânicos, papel, papelão, madeira, plásticos em geral e metal – e resíduos perigosos, como lâmpadas, pilhas e baterias, óleo de cozinha, solventes, cartuchos de tinta de impressora e resíduos de serviço de saúde. A estimativa é que o Palácio gere cerca de 0,5 tonelada de resíduos por mês.
Além do esboço do novo fluxo de resíduos, da instalação dos coletores, da identificação de soluções para o correto encaminhamento de todos os produtos gerados (reciclagem, compostagem e logística reversa) e da identificação de solução para compostagem in loco; o Plano de Ação da Câmara Municipal contempla o treinamento de colaboradores, palestras de educação ambiental e divulgação de materiais digitais educativos.
Promovida pelo Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB), uma organização civil e sem fins lucrativos, a Semana Lixo Zero acontecerá em todo o Brasil com ações que buscam conscientizar e provocar novas atitudes para a redução da produção de resíduos e maior aproveitamento dos materiais, com encaminhamento para reciclagem e compostagem. O encerramento da Semana Lixo Zero acontece no dia 29, com um evento no Pão-de-Açúcar.