A Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara Municipal do Rio de Janeiro recebeu representantes da empresa Light nesta quinta-feira (14) para discutir a troca de transformadores e regulamentações de consumo de energia. A reunião extraordinária também abordou problemas em relação ao sistema de podas junto à Comlurb e a dificuldade de resolver certas ocorrências junto à concessionária.
A presidente da comissão, a vereadora Rosa Fernandes (PSC), questionou a forma como a Light atende às solicitações dos clientes. “Tá confuso. Por que vocês fazem dois protocolos? O primeiro vocês não consideram, só levando a efeito o segundo? Isso na cabeça das pessoas é complicado. Elas estão crentes que foram registrados os pedidos, só que tem que ser dada continuidade para receber um segundo protocolo. Se vocês precisam do número de instalação, por que a gente tem que preencher isso tudo?”, indagou.
A analista de relações institucionais da empresa, Larissa Moreno, explicou que "após o prosseguimento do pedido, é identificada qual é a solicitação, se é restabelecimento de energia, se é uma ligação nova e etc., quando então se passa para um segundo protocolo”. Segundo Larissa, pelo número do protocolo o setor institucional não consegue identificar o cliente, sendo, portanto, necessário solicitar o número de instalação. “Assim, encaminhamos o protocolo para a equipe técnica e eles conseguem ver na tela se tem nota para aquela instalação, para aquele endereço específico”, explicou.
Podas de árvores
O vereador Prof. Célio Lupparelli (PSD) pediu atenção a dois aspectos importantes. O primeiro, sobre a questão das podas de árvores junto à Comlurb, já que em certos casos a companhia não pode fazer o serviço por conta de conflitos com a rede elétrica dos postes. O segundo ponto abordado pelo parlamentar foi a reavaliação da burocracia na volta da energia depois de um sinistro. O vereador propôs a criação de um gabinete na Prefeitura com funcionários das duas empresas para diminuir a dificuldade de se resolver os problemas conjuntos da cidade.
Tarifa social para as comunidades
O vereador Marcelo Diniz (SD) questionou a possibilidade de se ter uma tarifa social para evitar o uso de “gatos” nas fiações. Segundo ele, por ser a única concessionária no município do Rio de Janeiro, deveria ter a obrigação de prestar o melhor serviço. “O cidadão não paga porque ele recebe um salário de mil reais e querem cobrar uma conta de luz de 800 reais, o cara não vai pagar nunca”, disse. Segundo o vereador, “se desenvolver um programa, um projeto que tenha um valor justo que a população possa pagar, eu tenho certeza que vai pagar”, afirmou Diniz.
Wellington Dias (PDT) pediu mais transparência no Termo de Ocorrência e Inspeção (TOI) “pelo fato de a Light tirar o relógio da pessoa, levar para algum lugar e alguém falar que o aparelho foi danificado”, denunciou.
Atendimento
Ao final da reunião, moradores de um condomínio em Vista Alegre, na Zona Norte, reclamaram dos problemas de luz e de tratamento das árvores que ainda não estavam resolvidos. Em resposta, Richard Frota, coordenador de manutenção da Light, informou que um técnico será enviado para visitar para resolver os problemas de energia os serviços de poda próximo ao disjuntor, que serão concluídos na até janeiro.