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Quarta, 21 Dezembro 2022

Lixo Zero: Câmara vai prestar assessoria para implementação do projeto na Defensoria Pública do Rio

Órgãos assinaram termo de cooperação para certificação Lixo Zero

Renan Olaz
Lixo Zero: Câmara vai prestar assessoria para implementação do projeto na Defensoria Pública do Rio

O reconhecimento do Palácio Pedro Ernesto como o primeiro prédio público do país com a Certificação Lixo Zero, ocorrida em maio deste ano, começou a gerar resultados. Além de atingir o índice de boas práticas, com 91,5% de seus resíduos destinados à compostagem ou reciclagem – que deixaram de ser enviados para lixões e aterros sanitários –, o exemplo da Câmara Municipal está inspirando outras instituições a adotar práticas ambientalmente sustentáveis. 

Na terça-feira (20), o parlamento carioca assinou um termo de cooperação técnica com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) para compartilhar experiências e ajudar o órgão estadual a obter a certificação. A cooperação tem como objetivo compartilhar o conhecimento obtido na Câmara Municipal, bem como oferecer apoio técnico operacional para a implementação do conceito na sede administrativa do órgão. 

“O acordo visa ampliar a eficiência na geração de resíduos do edifício sede da DPRJ, tendo como meta o máximo aproveitamento e correto encaminhamento dos resíduos recicláveis e orgânicos, e a redução – ou mesmo o fim –, do encaminhamento destes materiais para aterros sanitários e\ou para a incineração”, esclarece o coordenador de sustentabilidade da Câmara Rio, Bernardo Egas.

A coordenadora de sustentabilidade ambiental da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Camila Valls, explica que, atualmente, a destinação adequada de recicláveis da sede administrativa do órgão na capital encontra-se em torno de 15% dos resíduos gerados, sendo a meta superar 90% para a obtenção do Certificado Lixo Zero.  “Esta parceria com a Câmara Municipal vai melhorar ainda mais a gestão dos resíduos, que teve início com a adoção da coleta seletiva, em março deste ano. Com a implementação do Programa Lixo Zero, daremos início à separação dos orgânicos (borra de café, cascas e sementes de frutas consumidos no local), entre outras ações, na busca pela ampliação do percentual de recicláveis que, muitas vezes, ainda não são descartados de forma adequada”, explica Valls.

Para o presidente da Câmara Rio, vereador Carlo Caiado (PSD), a Certificação Lixo Zero do Palácio Pedro Ernesto é um reconhecimento de que o Legislativo carioca está no caminho certo, servindo como inspiração para que outros órgãos e instituições cuidem melhor do meio ambiente, gerindo adequadamente os resíduos produzidos. “Nós somos a Casa do Povo e temos que dar o exemplo, sobretudo nessa questão da educação ambiental. Desta forma, é uma satisfação muito grande estabelecer essa parceria como a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. Estaremos sempre à disposição para trocar experiências com todos os interessados em minimizar a geração de lixo e encaminhá-los para destinos ambientalmente corretos”, ressaltou.

 

Conceito Lixo Zero

O conceito de lixo zero funciona como uma meta para guiar pessoas e instituições a mudarem as suas práticas a fim de incentivar os ciclos naturais sustentáveis, em que todos os materiais são destinados adequadamente para permitir sua recuperação e uso pós-consumo. A partir de premissas éticas, econômicas e eficientes, a metodologia promove maneiras específicas de cuidar dos resíduos que são jogados fora. Também são propostas medidas de ação pública e privada que minimizem os impactos do aquecimento global.

 

Resultados

De acordo com o levantamento realizado pela Coordenação de Sustentabilidade da Câmara Rio, a geração dos resíduos sólidos no Palácio Pedro Ernesto é de resíduos não perigosos inertes e não inertes – como orgânicos, papel, papelão, madeira, plásticos em geral e metal – e resíduos perigosos, como lâmpadas, pilhas e baterias, óleo de cozinha, solventes, cartuchos de tinta de impressora e resíduos de serviço de saúde. A estimativa é que o Palácio gera cerca de 500 quilos de resíduos/mês.

Além do estabelecimento de um novo fluxo de resíduos, da instalação dos coletores, da identificação de soluções para o correto encaminhamento de todos os produtos gerados (reciclagem, compostagem e logística reversa) e da identificação de solução para compostagem in loco, o Plano de Ação da Câmara Municipal contempla o treinamento de colaboradores, palestras de educação ambiental e divulgação de materiais educativos. 

 

 

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