Quinta, 18 Novembro 2021

Parlamentares aprovam em primeira discussão lei orçamentária para 2022

Em sessão ordinária, vereadores também votaram plano plurianual , rejeitaram teto de gastos com publicidade, bonificação de servidores pela aplicação de multas, prazo máximo para recebimento do aluguel social além de rejeitarem vetos do Poder Executivo

Leonardo Nogueira
Parlamentares aprovam em primeira discussão lei orçamentária para 2022

Os vereadores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro analisaram, nesta quinta-feira (18), o PL 628/2021, que estabelece o Plano Plurianual (PPA) para o quadriênio 2022/2025, e o PL 744/2021, que estima a receita e fixa as despesas do município para o exercício financeiro de 2022 (Lei Orçamentária Anual). Ambos os projetos foram aprovados em primeira discussão e continuarão em discussão para o recebimento de emendas. A expectativa é que a tramitação das peças orçamentárias seja finalizada até o dia 15 de dezembro.

A proposta de LOA para 2022 estima uma arrecadação de  R$ 39,854 bilhões, cerca de R$ 8,587 bilhões a mais do que o projetado para 2021 (R$ 31,267 bilhões). Dentre os maiores gastos fixados para as despesas em 2022 destacam-se: R$ 8,877 bilhões para Saúde (22,28%), R$ 8,395 bilhões para Educação (21,07%), R$ 3,460 bilhões para Urbanismo (8,68%) e R$ 1,045 bilhão para Assistência Social (2,62%). 

Já a Mensagem do Poder Executivo sobre o PPA, a expectativa de aplicação de recursos até 2025 é na ordem de R$ 148,861 bilhões. O montante, entretanto, é meramente indicativo do volume de recursos que podem ser mobilizados no quadriênio, não constituindo limite à programação de despesas nas Leis Orçamentárias Anuais.

Além da recuperação dos serviços de saúde, o PPA prevê ações para acelerar a retomada verde, fortalecer a cultura, desenvolver uma nova organização urbana que promova o adensamento de áreas infraestruturadas e que busque a melhoria dos transportes, a redução de deslocamentos e a valorização de corredores sustentáveis.

Veja abaixo os projetos de lei aprovados e suas respectivas autorias:

 

Teto de gastos da Prefeitura com publicidade e propaganda é revogado

Em 2ª discussão, foi aprovado o PL 638/2021, que revoga o art. 49 da Lei 7.007/2021, que impõem o teto para gastos com publicidade e propaganda da Prefeitura do Rio de Janeiro a 0,01% do total das receitas orçamentárias correntes, apuradas no exercício anterior. 

O líder do governo, vereador Átila A. Nunes (DEM), explicou que é preciso dar publicidade às ações da Prefeitura, como o Reviver Centro, a Reconversão de Imóveis, a bilhetagem eletrônica, as mudanças no BRT etc. “É fundamental divulgar as ações da Prefeitura para atrair investimentos, que vão aumentar a arrecadação e, por consequência, os investimentos públicos”, concluiu.

Segundo Átila, o valor de R$ 254 milhões previstos em edital para gastos com publicidade é o teto para os próximos dois anos. “Em 2014, foram gastos R$ 133 milhões com publicidade. Em 2015, R$ 193 milhões. Ou seja, o valor proposto pelo governo está compatível e abaixo do que foi executado em 2014 e 2015”, disse. Segundo Átila, A matéria segue para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes.

Autor: Poder Executivo

 

Projeto proíbe concessão de bônus a servidores em razão da aplicação de penalidades a motoristas ou condutores de veículos

PL 348/2021 - Proíbe, no âmbito do Município, qualquer concessão de bônus e/ou gratificação a servidores no tocante à aplicação de penalidades a motoristas ou condutores de veículos. Aprovada em 1ª discussão, a proposta volta à pauta para 2ª votação.

Vera Lins (PP), autora do projeto, argumenta que é preciso prestar atenção ao momento de crise econômica que a sociedade enfrenta. “A presente proposição visa normatizar uma prática que vem sendo estimulada em nossa cidade. Isso é um verdadeiro absurdo e uma falta de respeito ao consumidor, que neste momento pandêmico sofre com crise econômica. As pessoas já não aguentam mais. Dar prêmio para punir é um absurdo”, disse.

 

Desfibriladores cardíacos deverão ser disponibilizados em locais de acesso ao público

PL 409/2021 - Torna obrigatória a disponibilização de desfibrilador cardíaco em shopping centers, hipermercados, supermercados, centros empresariais e comerciais, estádios de futebol, casas de espetáculos, aeroportos, hotéis e locais de trabalho públicos e privados. Também academias e clubes, parques públicos e privados, locais de velório, cemitérios, instituições financeiras e de ensino deverão fornecer o equipamento. Aprovado em 1ª discussão, o projeto volta à pauta em 2ª votação.

O desfibrilador cardíaco deverá estar disponível para uso durante todo o período em que os locais referidos registrarem a presença de público. O descumprimento ao disposto no projeto sujeita o infrator às penas de multa de R$ 5 mil, duplicada a cada reincidência,  e à interdição do estabelecimento. 

Autor: Dr. Gilberto (PTC)

 

Prazo máximo para recebimento do Auxílio Habitacional Temporário pode ser suspenso

Projeto de Decreto Legislativo 49/2021 - Susta os efeitos do art. 4º, caput e § 1º, do Decreto Rio nº 44.637, de 18 de junho de 2018, que estabelece um prazo máximo de doze meses para o Auxílio Habitacional Temporário, mesmo quando não é oferecida uma solução habitacional definitiva. O projeto foi aprovado em 1ª discussão e volta à pauta em para 2ª votação.

O autor argumenta que não há justificativa legal para suspender o auxílio habitacional de famílias atingidas por obras públicas de urbanização e infraestrutura ou por catástrofes socioambientais, enquanto não for disponibilizado uma alternativa habitacional, tendo em vista o dever do Poder Público de melhoramento das condições habitacionais e de prevenção e mitigação dos efeitos dos desastres socioambientais, previstos na Lei Orgânica Municipal

Autor: Tarcísio Motta (PSOL)

 

Vetos

Na sessão ordinária desta quinta-feira (18), foram rejeitados vetos do prefeito a projetos de lei, que seguem agora para promulgação pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Carlo Caiado (DEM). Foram rejeitados os seguintes vetos:

Veto total aposto pelo Poder Executivo ao PL N° 80-A/2021, do vereador Cesar Maia (DEM), que dá nome de Praça Gilmarques Freires da Silva a uma praça inominada na estrada Rio-São Paulo, em Campo Grande.

Veto total aposto pelo Poder Executivo ao PL 221/2021, do vereador Vitor Hugo (MDB), que declara, para fins de desapropriação o imóvel localizado na rua Manoel Vitorino nº 533, no bairro Piedade.

 

 

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