A Comissão Especial da Câmara Municipal do Rio que monitora o processo de modernização do parque de iluminação da cidade promoveu uma reunião na tarde desta quinta (7) com o presidente da Rioluz, para tratar do andamento do processo de revitalização da iluminação pública no Rio. Durante o encontro, que aconteceu de forma híbrida na Sala de Comissões, o Poder Executivo apresentou um cronograma das ações que foram realizadas até o momento por meio da parceria público-privada (PPP) e fez algumas projeções. Segundo a Rioluz, embora a previsão inicial fosse que até dezembro de 2021 estivessem instalados 90 mil pontos de led, esse número já chega a mais de 137 mil.
Com um investimento de R$ 1,4 bilhão nos próximos 20 anos, o contrato da Prefeitura do Rio com o Consórcio Smart Luz prevê a instalação de 450 mil luminárias de LED na cidade, cerca de 5 mil pontos de internet wi-fi e aproximadamente 10 mil câmeras. O projeto ainda contempla a instalação de 4 mil sensores de resíduos para bueiros e 6 mil controles semafóricos.
Presidente da Comissão, o vereador Rafael Aloisio Freitas (Cidadania), relembrou que a Câmara do Rio acompanha todo esse processo desde a assinatura do contrato em abril de 2020. “A Câmara tem que continuar no papel fiscalizador. Como foi um contrato de valor muito alto, ele merece que a gente olhe isso com lupa. A sensação da cidade é que realmente a iluminação é muito melhor, os moradores comentam. Estamos acompanhando isso de perto. E essas metas precisam ser atingidas”, pontuou.
O presidente da Rioluz, Ricardo Mendanha Piquet, apresentou as metas que devem ser atingidas até dezembro deste ano e os vereadores avaliaram que elas são ambiciosas. Isso porque foram enfrentadas algumas dificuldades no último ano. “O andamento da PPP foi muito prejudicado pela pandemia, principalmente por causa da falta de materiais. Dificilmente você acha um equipamento para iluminação pública ou para qualquer outra indústria hoje que não tenha um componente chinês. Então, a gente teve alguns problemas para chegar luminária, projetor. Isso atrasou o projeto. Agora, em 2021, estamos com uma velocidade muito maior tanto para chegada de luminárias quanto para as obras que estamos fazendo”, explicou Piquet.
Além das lâmpadas, estima-se que duas mil câmeras, 500 pontos de wi-fi e 500 sensores ainda sejam instalados até o fim deste ano. Já a meta para 2022 é que todo o município esteja iluminado em LED, com mais 10 mil câmeras, 10 mil postos de fibra e 5 mil pontos de wi-fi. Há ainda a obra de expansão e modernização do Centro de Operações Rio, que deve ser finalizada em abril do ano que vem. O COR deverá se tornar o maior centro de monitoramento urbano da América Latina.
Manutenção das lâmpadas antigas
Membro da Comissão, o vereador Celso Costa (Republicanos), questionou o presidente da Rioluz sobre problemas de manutenção das lâmpadas de vapor de sódio e a atuação das coordenações regionais para solucionar as demandas dos clientes. Ricardo Mendanha Piquet disse que há hoje 127 turmas de manutenção para atender a cidade e os problemas são de diferentes níveis de complexidade.
“A gente tem muito problema de conexão por falta de investimento na estrutura da cidade. Estamos tendo que refazer muitas redes elétricas. A iluminação pública, uma cadeia de lâmpadas de postes tem vários circuitos. Aí uma conexão falha, circuito inteiro falha, uma cadeia de lâmpadas falha. E acaba dando uma impressão ruim que a cidade está muito apagada, mas na verdade é só uma conexão que vai acender de 10 a 20 postes de uma vez só”, apontou Piquet.
Também participaram os vereadores Alexandre Isquierdo (DEM), membro da Comissão, Reimont (PT) e João Mendes de Jesus (Republicanos).