A Câmara Municipal do Rio segue no caminho da sustentabilidade. Após o Palácio Pedro Ernesto ser apontado como o primeiro prédio público do país a ter a certificação Lixo Zero, a coordenadoria de Sustentabilidade apresentou um balanço, entre outubro de 2023 e setembro de 2024, que mostrou que o órgão evitou a emissão de 23 toneladas de gases poluentes (CO2eq). Estes números equivalem a uma viagem de cerca de 156 mil km de carro, quatro voltas ao redor do mundo. O documento apontou também que o legislativo carioca economizou mais de 96 mil litros de água e o equivalente a 71 árvores, poupadas por meio do reaproveitamento e da reciclagem de papeis.
"Entre as muitas iniciativas para modernizar a Câmara, criamos uma Coordenadoria de Sustentabilidade. E o trabalho não para. Foram quase 20 toneladas de resíduos sólidos gerados. O engajamento dos servidores é muito bom nas campanhas realizadas e estamos conseguindo números expressivos neste trabalho", destaca Carlo Caiado, presidente da Câmara Municipal.
No primeiro ano de ação, a coordenadoria atuou com campanhas e iniciativas para promover a conscientização e manter a Câmara do Rio atualizada com as melhores práticas de gestão de resíduos e economia de recursos naturais.
Para Malu Campos, coordenadora da Coordenadoria de Sustentabilidade, esse resultado é fruto do esforço de toda a instituição: “A gente quer que a Câmara seja um exemplo, e isso só é possível através da contribuição de todos”, disse Malu.
Caminhos dos resíduos
Nesta segunda-feira (11/11), foi realizada visita técnica no pátio de compostagem da Ciclo Orgânico, empresa parceira da instituição. O gerente Marcelo Chiabi mostrou o passo a passo do caminho que os resíduos fazem até se tornarem adubo, beneficiando a natureza e a sociedade: “Nós coletamos duas vezes por semana o material separado pela Câmara e levamos para o nosso sítio de compostagem para tratamento. Após quatro meses, ele está pronto para retornar à natureza como adubo”.
O processo é longo e inofensivo à natureza, o que garante uma destinação apropriada aos resíduos já separados. Com este trabalho, evita-se que esse material seja descartado nos aterros sanitários.
“A separação na fonte é o começo de tudo. Se a gente tem lixo misturado, não tem o que fazer. A partir do momento que a gente separa já nos setores de origem, colocamos os resíduos em outras rotas que não o aterro”, afirma Luíza Denardin, consultora Lixo Zero da Câmara.