A Comissão Especial criada para acompanhar e fiscalizar as políticas públicas para pessoas do transtorno do espectro autista, instalada na Câmara do Rio nesta semana, fez sua primeira visita técnica nesta quinta-feira (31/10). Os vereadores estiveram na Escola Especial Municipal Rotary Clube, na Ilha do Governador.
Composta pelos vereadores Tânia Bastos (Rep), Márcio Ribeiro (PSD) e Luiz Ramos Filho (PSD), a comissão foi criada pelo pelo aumento expressivo de diagnósticos de autismo no Brasil. Segundo o Censo Escolar, entre 2017 e 2021, o número de matrículas de alunos com o transtorno cresceu 280% nas redes pública e privada.
Na escola visitada são atendidos 95 alunos nos turnos da manhã e da tarde, com estrutura de oito salas de aula. A presidente da comissão, vereadora Tânia Bastos (Rep), liderou a visita, elogiou os profissionais, mas criticou o material utilizado na recreação das crianças e adolescentes. “Há uma necessidade emergencial de material adequado. Estes que estão aqui não condizem com a necessidade de cada um deles”, alertou a vice-presidente da Câmara de Vereadores.
A diretora da unidade, Alessandra Braga Xaves, disse estar grata pela visita. “A comissão pode ajudar a melhorar o trabalho em todos os sentidos. É preciso entender o que precisamos de suporte, como é feito o atendimento e quais são as deficiências que as escolas precisam resolver para prestar esse atendimento”.
O vereador Luiz Ramos Filho (PSD) também esteve presente. Ao lado de Tânia, percorreu as salas de aula, o refeitório e as demais instalações da escola. A comissão destacou a importância de um acompanhamento próximo para garantir que os recursos e as ações para a inclusão sejam aplicados com eficiência.
“Percebemos a necessidade do serviço ser ampliado. Os diagnósticos aumentaram e o poder público precisa acompanhar essa mudança na nossa sociedade”, reforçou o vereador Luiz Ramos Filho (PSD), membro da comissão.
Próximos passos
A expectativa dos vereadores é que essas visitas ajudem na elaboração de um diagnóstico da situação das pessoas com autismo nas redes de saúde e educação.
A comissão quer também abrir um canal direto com as famílias para monitorar de perto as necessidades e assegurar que os direitos das pessoas com autismo sejam respeitados. Os próximos passos da comissão já foram definidos. Na próxima segunda-feira (04/11), a Comissão visitará o Instituto Helena Antipoff, na Tijuca.