Duas semanas após a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciar oficialmente a construção de um hospital veterinário em Irajá, a Comissão Especial criada pela Câmara do Rio para formular políticas públicas para saúde animal, presidida pelo vereador Dr. Marcos Paulo (PT), promoveu nesta sexta-feira (26) uma audiência pública com representantes da prefeitura e do setor privado para saber detalhes do empreendimento.
“A dificuldade que existe hoje para cuidar dos animais no município, principalmente pelo alto número de atropelamentos que acontecem na cidade, é muito grande. Por isso o encontro de hoje, para que possamos compreender como a edificação vem sendo feita, quais equipamentos serão ofertados e ouvir da população suas principais demandas”, afirmou Dr. Marcos Paulo. O parlamentar acrescentou que é fundamental que o hospital seja não apenas para emergências, mas que também aconteçam tratamentos continuados como quimioterapia, já que a grande maioria das pessoas não consegue custear esse tipo de tratamento.
De acordo com a prefeitura, o projeto de construção prevê ambulatórios, consultórios, sala de raio X, enfermarias, centro cirúrgico, área para farmácia, laboratório, administração, refeitório e vestiários de funcionários. A previsão é que a obra seja entregue à população no terceiro trimestre deste ano.
Thiago Dias, subsecretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, adiantou que a prefeitura já conta com contratos de insumos, médicos, administradores, anestesistas e profissionais de apoio para que o hospital possa funcionar adequadamente, e que parte dos equipamentos e do enxoval será fornecida pela Cury Construtora, em parceria com o governo municipal.
Representando a construtora, Erico Guimarães ressaltou que o projeto se baseou em visitas a hospitais veterinários de São Paulo para que o equipamento possa ser construído da maneira mais acessível à poulação, e que o projeto está aberto a receber propostas dos cidadãos.
O vereador Luiz Ramos Filho (PSD), membro da comissão, questionou sobre quem vai gerir o equipamento, uma vez que existem duas secretarias que cuidam dos animais no município, o que acarreta “jogo de empurra entre os órgãos do governo, em prejuízo da população”, salientou. Ramos sugeriu que a Subsecretaria de Zoonoses seja incorporada à Secretaria de Defesa dos Animais para que o serviço seja mais organizado e eficiente. “Esperamos que com a criação desse hospital essa situação seja resolvida”, concluiu.