Vereadores da Câmara Municipal do Rio receberam, nesta quinta-feira (04), a secretária municipal de Fazenda, Andrea Senko, e o secretário de coordenação governamental, Jorge Arraes, para debater o Projeto de Decreto Legislativo 310/2014. A proposta autoriza a Prefeitura do Rio a contratar um empréstimo junto ao Banco do Brasil no valor de até R$ 950 milhões, para investimentos em infraestrutura na cidade.
Durante a apresentação, os secretários deram como exemplo de investimento obras de infraestrutura no Jardim Maravilha, em Guaratiba, área que já vem recebendo investimentos contra as recorrentes enchentes que afetam os moradores do local. Entre as intervenções previstas está a construção de um dique de mais de três quilômetros de extensão, para proteger a localidade das enchentes.
Outra área a ser beneficiada é a Comunidade do Aço, em Santa Cruz, onde a prefeitura está construindo 44 prédios com 704 apartamentos ao todo. A previsão é entregar 18 prédios até o fim deste ano.
Para o presidente da Câmara, Carlo Caiado (PSD), as intervenções são fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos cariocas. "Foram apresentadas duas intervenções muito importantes, uma no Jardim Maravilha, onde a população sofre muito com enchentes, e na comunidade do Aço, mas será usado também em outras áreas da cidade"
O secretário Jorge Arraes reforçou que o recurso será investido em diferentes áreas. "Esssa operação vai nos permitir investir cerca de R$ 950 milhões até o final do ano que vem, em todas as disciplinas de infraestrutura urbana, de pavimentação, macrodrenagem, saneamento, sistema viário, urbanização de áreas. Então é um recurso, uma oportunidade de financiamento boa que o município tem."
Endividamento
Segundo números apresentados pela secretária Andrea Senko, a cidade do Rio encontra-se atualmente na classificação B da Capacidade de Pagamento, uma classificação feita pela Fazenda Nacional com base em critérios como endividamento, poupança e liquidez da gestão municipal. De acordo com os dados, o endividamento da cidade hoje representa 43,6% da receita corrente líquida, abaixo do limite de 120% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Para o vereador Pedro Duarte (Novo), no entanto, a Prefeitura precisa investir com recursos próprios, sem recorrer a operações de crédito. "Questionei com relação a isso. A taxa de juros, quando a Prefeitura vai enfim ter um ano que ela vai conseguir fechar as contas sem precisar pedir dinheiro emprestado", pontuou.