A Comissão de Segurança Pública da Câmara do Rio promoveu, nesta segunda-feira (04), um debate público sobre a desordem urbana na Zona Sul da cidade. Durante o encontro, que aconteceu no Auditório do Palácio Pedro Ernesto, foram discutidos temas como a insegurança enfrentada pelos moradores e a falta de guardas municipais no espaço urbano.
O vereador Dr. Rogério Amorim (PL), presidente do colegiado, argumentou que o principal ponto a ser combatido é o comércio irregular. Segundo o parlamentar, a atividade traz desordem e permite a proliferação do crime. “As pessoas não têm mais liberdade para circular nas ruas com tantas pessoas vendendo de forma ilegal suas mercadorias. Atualmente, os consumidores estão se concentrando dentro dos shoppings por conta desse caos”, afirmou. Amorim pontuou ainda que, neste conflito, o papel da Câmara é dar voz aos moradores e suas demandas.
O vereador argumentou ainda que o alto número de projetos esportivos nas praias do Rio de Janeiro propiciariam desorganização, além de um ambiente permissivo para o crime, inviabilizando o comércio dos ambulantes legalizados e dos quiosques. “Não tem mais espaço para tomar sol na praia, ou para circular com tranquilidade espaços públicos”, denunciou.
Para a vice-presidente da Associação de Moradores do Movimento Cidadão Presente, Flávia Homsy, existe um abandono das ruas da Zona Sul da cidade. Ela ainda defendeu não haver um enfrentamento adequado à depredação de patrimônio público feita por turistas. Homsy ainda criticou as dificuldades de mobilidade enfrentadas pelos pedestres. “É difícil andar nas calçadas, tamanho caos urbano. Não existe qualquer fiscalização, os pedestres estão tendo que disputar com as bicicletas um espaço nas calçadas, e não existe qualquer repressão feita pela Guarda Municipal”.
Outro tema debatido na reunião foi a falta de fiscalização do horário de funcionamento de bares e restaurantes e como isso afeta a qualidade de vida dos idosos que residem na proximidade. “Não há qualquer fiscalização que impeça esses estabelecimentos de funcionar até o horário que eles queiram funcionar” reclamou Ângela do Rio, síndica do condomínio Edifício Barão de Itapetininga.