Terça, 04 Abril 2023

Empresas que cometem maus tratos contra animais poderão ter sua inscrição municipal cassada

Os vereadores ainda elegeram, por meio de votação em Plenário, os três membros da Comissão Permanente de Relações Internacionais

Crédito: Renan Olaz/CMRJ
Empresas que cometem maus tratos contra animais poderão ter sua inscrição municipal cassada

A Câmara do Rio aprovou durante sessão ordinária desta terça-feira (04) o Projeto de Lei 345/2021, que prevê a cassação da inscrição municipal de empresas instaladas no município quando comprovado, após o devido trâmite judicial, que as mesmas foram responsáveis por atos que possam ser configurados como maus-tratos aos animais, incluindo o consentimento, o estímulo, ou a omissão diante de agressões cometidas por seus funcionários, estagiários e/ou prestadores de serviço. A matéria foi aprovada em primeira discussão com duas emendas e voltará à pauta para segunda votação. 

Um dos autores da proposta, o vereador Dr. Marcos Paulo (PSOL) relembrou alguns casos de maus tratos a animais ao defender a urgência do projeto. “Aquela empresa que permite que um funcionário trate mal um animal não pode funcionar. É importante que a gente fique atento, que a população fique atenta. Recentemente, uma grande empresa de supermercados acabou maltratando animais, inclusive em São Paulo um animal foi morto por um funcionário terceirizado da empresa. Então, é fundamental que a sociedade evolua, que as leis evoluam e que o Poder Executivo cumpra o seu papel, que é zelar pelo bem-estar dos animais”, destacou o parlamentar. 

Ainda assinam a autoria do projeto os vereadores Veronica Costa (PL), Dr. Gilberto (Pode), Vera Lins (PP), Waldir Brazão (Avante), Marcio Ribeiro (Avante), Luciano Medeiros (PSD), Marcelo Arar (PTB) e Felipe Michel (PP).


Prorrogado prazo para parecer de comissão que trata da revisão do Plano Diretor

Os vereadores ainda aprovaram, em 2ª discussão e 5ª sessão, o Projeto de Resolução 28/2023, que altera disposições da Resolução Plenária n° 1.578/2022 para prorrogação do prazo para parecer da Comissão Especial referente à tramitação do PLC N° 44/2021 – Revisão do Plano Diretor até 30 de junho de 2023. O PR agora segue para promulgação do presidente da Câmara do Rio, o vereador Carlo Caiado (PSD). 

A Comissão Especial criada pela Câmara do Rio para avaliar o PLC 44/2021 já havia realizado 26 audiências públicas com o intuito de ampliar as discussões sobre a proposta com a sociedade civil. Mas em novembro do ano passado, a Câmara recebeu do Poder Executivo um total de 215 emendas ao texto do projeto. 

Agora, o colegiado pretende realizar pelo menos sete audiências públicas para tratar das mudanças sugeridas e dos impactos delas nas diversas regiões da cidade. Além de duas audiências temáticas, para tratar dos conceitos e instrumentos de política urbana, a Comissão ainda pretende promover mais cinco audiências voltadas para cada uma das Áreas de Planejamento (APs) da cidade.

O Projeto de Resolução é de autoria dos vereadores Carlo Caiado (PSD), Tânia Bastos (Republicanos), Rafael Aloisio Freitas (Cidadania), Mesa Diretora e Comissão de Justiça e Redação. 


Eleitos membros para a Comissão de Relações Internacionais

Durante a sessão, também foi realizada a votação para eleição de membros para a composição da Comissão Permanente de Relações Internacionais. Foram eleitos os vereadores Cesar Maia (PSDB), Eliseu Kessler (PSD) e Jorge Felippe (União). 

Confira outros projetos aprovados durante a sessão de hoje:

Dia da Maconha Medicinal pode entrar no calendário da cidade

PL 1794/2016 - Inclui o Dia da Maconha Medicinal no calendário oficial da cidade consolidado pela Lei n° 5.146/2010. A matéria foi aprovada em 1ª discussão e voltará à pauta para segunda votação.

Autores: o ex-vereador Renato Cinco e o vereador Paulo Pinheiro (PSOL).

Guardas Municipais poderão ter carteira funcional digital

PL 1027/2022 - Estabelece o documento de identidade funcional em formato digital para agentes da Guarda Municipal, em serviço ativo ou aposentados, a ser expedido pelo órgão competente do Poder Executivo em formato digital, apresentável por meio eletrônico.

O objetivo é garantir a segurança dos guardas municipais fora do horário de expediente. “Não são raros os casos de membros das forças de segurança que perdem suas vidas ao serem identificados fora do horário de serviço pelos documentos impressos”, ressalta o autor, vereador Jair da Mendes Gomes (Pros).

Segundo a proposta, a carteira funcional digital será aceita em todo o município e para todos os fins legais e regimentais, como documento de identidade do agente de segurança da Guarda Municipal, possuindo sua apresentação a mesma eficácia jurídica que a apresentação do documento de identidade funcional impresso. A matéria foi aprovada em 1ª discussão com uma emenda e voltará à pauta para segunda votação.

Autor: Jair da Mendes Gomes (Pros)

 

Projeto incentiva criação e comercialização de NFTs no Rio de Janeiro

PL 1073/2022 - Cria estímulos ao Poder Público para implantar a criação e comercialização de tokens não fungíveis (non-fungible tokens – NFTs) – um ativo digital (criptoativo) registrado em uma blockchain, que pode ser comprado, vendido ou trocado –  de forma a promover a cidade, com a consequente arrecadação de fundos para o Tesouro Municipal.

“Obras de arte retratando pontos como o Cristo Redentor, Pão de Açúcar, Parque Lage, Morro Dois Irmãos, Carnaval, Maracanã e locais marcantes pelo Centro da cidade são alguns dos elementos que podem ser transformadas em NFTs e comercializadas, gerando recursos para o nosso município”, afirma Prof. Célio Lupparelli, autor do projeto. A matéria foi aprovada em 1ª discussão com uma emenda e voltará à pauta para segunda votação.

Autor: Prof. Célio Lupparelli (PSD)


Estabelecimentos que oferecem hospedagem a pets deverão instalar câmeras de monitoramento

PL 1080/2022 - Ficam os canis, bem como os hotéis, petshops e demais estabelecimentos que ofereçam serviço de hospedagem para cães, gatos e aves em geral, obrigados a instalar sistema de monitoramento por câmeras. De acordo com a proposta, as gravações deverão ser armazenadas pelos estabelecimentos pelo prazo mínimo de dois meses e podem ser requisitadas pelas autoridades para fins de fiscalização, bem como por tutores em caso de suspeita de maus tratos. A matéria foi aprovada em 1ª discussão e voltará à pauta para segunda votação. 

Em caso de descumprimento, os infratores estão sujeitos às penalidades de advertência por escrito, notificando-se o infrator para sanar a irregularidade no prazo de quinze dias, contados da notificação, sob pena de multa. Caso não sanada a irregularidade, será aplicada multa no valor de R$ 500. Se ainda assim não for corrigida a irregularidade, será aplicada nova multa no valor de R$ 1 mil, e, posteriormente, cassação do alvará de funcionamento. 

Para o vereador Dr. Marcos Paulo (PSOL), o projeto será essencial no combate aos maus tratos. “Essa lei serve para isso, para dar segurança para quando aquele tutor, no momento em que for levar o seu animal, seja para ser hospedado, tomar banho ou qualquer tipo de atendimento, tenha a segurança de que ele está sendo monitorado. Isso não vai abolir, mas vai inibir que maus tratos aconteçam", acrescentou o parlamentar.

Já o vereador Pedro Duarte (Novo) enumerou algumas de suas preocupações sobre a proposta e disse que acredita ser necessária a realização de uma audiência pública ou uma reunião com as empresas do ramo.”Alguns pontos trazidos aqui me preocupam, o primeiro é o custo operacional que as câmeras vão trazer. E o segundo, acho que seria muito importante discutir com o setor, alguns pontos, como por exemplo, coloca-se que as imagens deveriam ser armazenadas ao longo de dois meses. Isso requer um HD muito grande”, pontuou Duarte.

O projeto também é de autoria dos vereadores Carlo Caiado (PSD), Jorge Felippe (União), Dr. Gilberto (Pode), Waldir Brazão (Avante) e Dr. Marcos Paulo (PSOL). 

 

 

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Última modificação em Terça, 04 Abril 2023 18:28
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