A Câmara Municipal do Rio de Janeiro realizou uma sessão especial nesta segunda-feira (17). Alunos de 5 a 17 anos das escolas públicas municipais do Complexo da Maré, Vidigal, Lapa, Jacarepaguá e Paciência visitaram o Palácio Pedro Ernesto e viraram vereadores por um dia. Na pauta, os “políticos mirins” discutiram aumento de salário dos professores, melhoria da merenda e da infraestrutura escolar, formas de combate ao bullying, programa de leitura na praça, direito de aprender e Dia do Respeito. 

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Desenvolvido pela Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente, o projeto “Plenarinho” leva os estudantes para conhecer o Palácio Pedro Ernesto e os bastidores do Poder Legislativo. Os participantes são convidados a ocupar as cadeiras dos vereadores, para elaborar projetos de lei, discutir propostas e votá-las, simulando uma sessão legislativa.

A ideia é promover a participação cidadã desde a primeira infância, de forma que as crianças possam entender que a política também é um lugar delas, assim como a luta por garantia e ampliação de poderes. “Nosso propósito é contribuir para a formação social e política desses cidadãos. Assim, usamos um processo lúdico para explicar como funciona a Câmara, o que faz um vereador, como são aprovados os projetos de lei e como se dá o controle social com a participação política e a presença nas galerias”, explica a vereadora Thais Ferreira (PSOL), presidente da comissão.

“Essa é uma experiência muito legal. Quando vemos as sessões na TV, é muito chato e sem graça. Mas aqui conseguimos conhecer as pessoas e entender as votações”, destaca Willian Moraes, 11 anos, do CIEP Roberto Morena, em Paciência. Ana Beatriz Pires de Oliveira, 9 anos, estudante da mesma escola, se encantou com a beleza do palácio. “O que mais estou gostando aqui é do Plenário. Ele é muito bonito, cheio de detalhes. E eu amo detalhes. Me apaixonei por esse lugar”, confessou.

“Trazer crianças para participação política, desde pequenininhas até adolescentes, é muito importante até mesmo para que os nossos projetos voltados para essas faixas etárias façam sentido para elas. Além disso, é muito importante que essas crianças possam falar nesses microfones e espaços de poder, que muitos de nós só tiveram a chance depois dos 30 anos. Precisamos aprender com as crianças, que sabem o que querem e têm muito a nos ensinar”, finalizou Ferreira. O evento contou com a presença dos músicos do projeto BatucaVidi, da Favela do Vidigal.