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Quarta, 20 Outubro 2021

Frente Parlamentar debate políticas públicas para as bibliotecas municipais

Qualificação dos bibliotecários, acervo público de qualidade e atualizado, transição das salas de leitura para bibliotecas escolares e retomada do Grupo de Trabalho voltado às discussões do Plano Municipal do Livro, Leitura, Escrita e Oralidades. Estes foram alguns dos temas debatidos, nesta quarta-feira (20), pela Frente Parlamentar em Defesa das Bibliotecas Municipais. Presidida pelo vereador Tarcísio Motta (PSOL), a frente recebeu agentes do Poder Público, representados por gestores da Secretaria Municipal de Cultura e da Secretaria Municipal de Educação, e da sociedade civil.

Professor de História, o vereador Tarcísio Motta fez a defesa do livro, como instrumento transformador, e das bibliotecas, em uma sociedade tecnológica e que vive apressada. “O livro tem lugar na nossa sociedade, inclusive como possibilidade não somente de difusor de conhecimentos e saberes, mas como algo que está intrinsecamente ligado ao direito à educação e à cultura”. O parlamentar fez diversos questionamentos com o objetivo de saber como estão as políticas públicas para as bibliotecas do município. Entre eles, Motta quis saber como está o Grupo de Trabalho criado em 2015 para a elaboração do Plano Municipal do Livro, Leitura, Escrita e Oralidades.

Gerente de Livro e Leitura da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), Renata Costa informou que o grupo de trabalho foi desfeito no início da administração do ex-prefeito Marcelo Crivella, mas que, até 2016, muitas ações foram feitas, como a realização de uma série de plenárias, em toda a cidade, com a participação da sociedade civil, para a elaboração do plano. “Temos um material extenso, e precisamos retomar o grupo, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e com a sociedade, para concluir os trabalhos”.

A subsecretária de Ensino da Secretaria Municipal de Educação (SME), Teresa Pontual, citou algumas ações da pasta, responsável por 15 bibliotecas escolares municipais. Entre elas, está a retomada da parceria com a Bienal do Livro. Neste ano, 40 mil alunos poderão visitar a feira literária, e os professores receberão um voucher de R$ 200 para a compra de livros. O investimento é de cerca de R$ 12 milhões. “É um investimento significativo para a valorização e reconhecimento do professor, mas também de grande importância por causa da retomada da parceria com a Bienal”.

A sociedade civil esteve representada por entidades ligadas à biblioteconomia e por bibliotecários. Eva Lucia Medvedeff, presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia da 7ª região, falou sobre a falta de valorização do profissional. “Por que em vez de doar livros para os alunos levarem para suas casas, a ação não é revertida para as bibliotecas?”, questionou.  “A biblioteca é um espaço de socialização. Ela não se traduz simplesmente em pegar um livro e enfiar a cara no livro. Tem outras utilidades, além de ser simplesmente um lugar de guardar livros”.  

Luciana Manta, presidente do Sindicato dos Bibliotecários do Estado do Rio de Janeiro, comentou o processo de desmonte dos serviços públicos e de suas instituições. “O desmonte passa pelo sucateamento dos equipamentos, como a que assistimos com as bibliotecas populares do município. Parte foi repassada para a Secretaria de Educação, sem ter sido feito estudo e sem ter levado em consideração o acervo e as localidades atendidas”.

No final do debate, Tarcísio Motta destacou temas que deverão entrar na pauta de trabalho da frente, como a retomada da elaboração do Plano Municipal do Livro, Leitura, Escrita e Oralidades. “Vamos preparar uma indicação legislativa que será enviada ao Poder Público, solicitando a recriação, o mais rápido possível, do grupo de trabalho”. 

Participaram ainda debate público Dayo de Araujo Silva Côrbo, vice-presidente Conselho Regional de Biblioteconomia da 7ª região; Maria Marta Sienna, do Conselho Federal de Biblioteconomia; Daniele Achilles Dutra da Rosa, da Uni-Rio; Priscila de Assunção Barreto Corbo, do Conselho Regional de Biblioteconomia; Marcelo Marques de Oliveira, ex-presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia; Marcelo de Souza Souto, do Conselho Regional de Biblioteconomia; e José Agripino de Oliveira, assessor jurídico do SINDIB-RJ. 

 

 

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