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Quarta, 06 Dezembro 2023

O Rio do Futuro: Novo sistema de bilhetagem eletrônica da cidade estará em pleno funcionamento em 2024

Desafios do BRT também foram debatidos na última mesa do dia

O sistema de transportes do Rio de Janeiro passou por uma série de transformações nos últimos meses e a maior delas é a implantação do novo sistema de bilhetagem eletrônica chamado Jaé. Durante a terceira mesa do Seminário O Rio do Futuro, realizado na tarde desta quarta-feira na Câmara do Rio, a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, assegurou que  todos os meios de transporte sob gestão da prefeitura estarão com a nova tecnologia ainda no início de 2024. A aprovação da Lei Nº 6.848/2021 pelos vereadores em março de 2021 possibilitou a criação do modelo

Importância das PPPs e revitalização do centro foram temas pela manhã

Tema de diversos debates e audiências públicas dentro do parlamento carioca, o novo sistema de bilhetagem eletrônica tem como objetivos principais a ampliação do controle e da transparência do sistema, além da facilitação do pagamento da tarifa por meio de novas tecnologias. Atualmente, os validadores do Jaé estão em funcionamento somente em estações do BRT. Segundo Celidonio, outros validadores estão sendo instalados no VLT, ônibus, vans e cabritinhos. A previsão é que a conclusão de todo o processo se dê em janeiro.  

“O Jaé traz grandes vantagens uma para usuário, como um sistema com muito mais pontos físicos de venda, um aplicativo mais amigável, ou seja, um serviço muito melhor. Além disso, o seu saldo não expira. Já para o município, o Jaé representa uma mudança na forma de planejar e fazer política pública”, destacou. Segundo a secretária, o município terá dados em tempo real dos passageiros, além de transparência sobre toda a receita do sistema..

A bilhetagem digital foi homologada pela prefeitura em novembro de 2022. O Consórcio Bilhete Digital venceu a licitação no valor de R$110 milhões de reais. A validade do contrato é de 12 anos, renováveis por mais 12.

Vice-presidente da Comissão de Transportes e Trânsito da Câmara do Rio, o vereador Alexandre Isquierdo (União) enfatizou que, desde a CPI dos Ônibus em 2017, o parlamento carioca vem se debruçando sobre a questão do sistema de transportes da cidade. 

“A Câmara Municipal foi protagonista deste processo é fundamental para que a gente esteja hoje aqui discutindo o Jaé. E quando a gente pensa sobre este novo sistema, estamos falando de mobilidade e transparência. A nossa função agora é estar fiscalizando e acompanhando todo este contrato que foi feito de licitação. Todos estes pontos foram discutidos aqui na Casa com audiências públicas, diversas reuniões. Entendemos que esta é a melhor opção, é o caminho”, apontou Isquierdo. 

Para Clarisse Cunha Linke, Diretora-executiva do ITDP Brasil, o Jaé soluciona um dos mais graves problemas que o sistema de transportes anterior apresentava: o conflito de interesses. “Este é um momento de transição. Ainda não dá para fazer a avaliação do sistema atual. Mas é importante resgatar um pouco do que a gente tinha até hoje. Tínhamos uma concentração de mercado. As mesmas empresas faziam a gestão da arrecadação e revisão da remuneração. Isso obviamente cria um problema do ponto de vista da prestação de serviço e da transparência. Não havia clareza sobre dados, números de passageiros pagantes. Agora, o município está abrindo um caminho fundamental”, ressaltou Linke. 

Doutor em Engenharia de transportes pela Coppe/UFRJ, Marcelo Sucena sublinhou que a partir deste novo modelo será possível aprimorar as políticas públicas voltadas não só para os modais sob gestão da prefeitura. “Este sistema vai dar à prefeitura as condições de mexer no planejamento operacional dos meios de transporte na cidade e distribuir melhor a demanda na malha. Aqui podemos incluir metrô, trem e barcas”, acrescentou. 

Desafios do BRT em pauta na última mesa do dia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Após o debate sobre o Jaé, a pauta foi o sistema de BRTs da cidade do Rio, que passa por uma reestruturação completa. Participaram da roda de conversa a presidente da Mobi-Rio, empresa pública que administra o sistema, Claudia Secin; o presidente da Agência Reguladora dos Transportes Estaduais (Agetransp), Adolpho Konder; O coordenador do Fórum de Mobilidade Urbana, Licínio Machado; e os vereadores Felipe Michel (PP) e Luiz Ramos Filho (PMN), respectivamente presidente e integrante da Comissão de Transportes da Câmara. 

Secin fez um histórico da intervenção do BRT, decretada no início de 2021. “Tínhamos apenas 120 ônibus funcionando, sem conservação. Mesmo assim, 150 mil pessoas eram transportadas por dia. A prefeitura assumiu a folha de funcionários e o diesel, isso fez o sistema ter fôlego. Eram quase 20 estações sem funcionar”, expôs. Segundo Secin, a MOBI-Rio transporta, atualmente, 362 mil passageiros diariamente, com  291 novos ônibus e, a partir do próximo fim de semana, a Trans Oeste estará completamente reformada e com mais de 400 veículos novos.

Para o vereador Felipe Michel, as melhorias na malha de ônibus e nas vias do sistema não resolvem, de fato, o problema de mobilidade enfrentado pelos cariocas, principalmente dos moradores da Zona Oeste da cidade. “Algo muito mais eficaz capaz de resolver as dificuldades enfrentadas pela população seria o metrô. O BRT precisa ser um auxiliar, não a solução”, sublinhou.

O vereador Luiz Ramos Filho destacou como a melhoria nos transportes impacta diretamente na qualidade de vida da população. “Nós, enquanto políticos, precisamos olhar para o povo como se fossem pessoas próximas e dependentes das nossas ações”, ressaltou. 

 

Já para Licínio Machado Rogério, o BRT é um transporte de média capacidade, e precisaria ser melhor integrado aos transportes como Metrô e Trem. “Se fosse feita uma integração, certamente seria mais benéfico e melhor para o município. É necessário integrar todos os transportes da Região Metropolitana, assim como em outras grandes locais do mundo”, pontuou  

 

Adolpho Konder, presidente da Agetransp, concordou com e acrescentou que, como a capital é a principal cidade da região metropolitana, é fundamental pensar a partir do Rio formas de integração entre os transportes com outros municípios “É preciso que essa articulação aconteça entre o Poder Executivo Municipal e Estadual”, declarou.  

 

 

 

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Última modificação em Quarta, 06 Dezembro 2023 18:57
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