O Programa BRT Seguro completa 15 dias com resultados positivos. Somente nas duas primeiras semanas de operação foram registradas 12 prisões após ocorrências de furto, receptação e dano ao patrimônio em estações do BRT. Além disso, foi verificada uma redução de 26% da evasão de passagens, os calotes, no comparativo entre a primeira semana de maio e a primeira semana de junho. Os números foram divulgados pela Prefeitura do Rio. O programa, que conta com a atuação de guardas municipais e policiais militares para reforçar o patrulhamento de estações e terminais do BRT, foi criado por uma emenda incluída pelos vereadores da Câmara Municipal do Rio durante a aprovação da lei que autorizou o investimento da Prefeitura no sistema.
Presidente da Comissão de Transportes e Trânsito da Câmara, o vereador Alexandre Isquierdo (DEM) comemorou os números. “O BRT Seguro é um projeto que já está dando certo. Os resultados são muito positivos. Além de trazer segurança aos usuários do transporte do BRT, já houve uma redução significativa do calote, pessoas foram presas em flagrante. Tudo isso é uma boa sinalização. Acredito que o projeto ainda tem muito a evoluir, principalmente para que se possa alcançar o máximo de estações possíveis e quem ganha é o cidadão carioca”, destacou o vereador.
Lançado no dia 2 de junho e coordenado pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP), o programa BRT Seguro tem como objetivo coibir assaltos, vandalismo, furto de equipamentos e a evasão nos três corredores do sistema (Transoeste, Transcarioca e Transolímpica). Inicialmente, 21 estações foram contempladas pelo programa e contam com o patrulhamento que é feito de forma fixa e com rondas noturnas. Todos os agentes fizeram um curso de qualificação para atuar no BRT Seguro. Até o momento, quase 900 policiais militares participaram do treinamento e a previsão é de que 300 guardas municipais também passem por ele.
Estações são alvos de vandalismo e furtos
De acordo com a equipe de intervenção do BRT, quase todas as estações do sistema já sofreram algum tipo de vandalismo. De janeiro a maio deste ano, foram registradas 369 ocorrências de furtos; 62 de danos ao patrimônio público, além de três incêndios.
Nos meses de abril e maio foram registrados furtos de, aproximadamente, 6 km de cabos diversos. Segundo a Prefeitura, o custo médio mensal é de R$ 100 mil por vandalismo e furto de equipamentos. Além disso, aconteceram dois incêndios em estações na primeira semana de junho. O custo estimado por incêndio em estação é de R$ 250 mil. Já os calotes representam 25% do carregamento diário do BRT, responsável pelo transporte de cerca de 180 mil passageiros por dia atualmente.
Hoje, das 134 estações e terminais do BRT, 47 estão fechadas temporariamente por causa do vandalismo e/ou furto de cabos de energia e equipamentos.
