A Câmara de Vereadores do Rio aprovou, nesta terça-feira (15), a criação do Parque Sustentável da Gávea (PLC 72/2018). A proposta prevê a criação de um espaço privado com acesso aberto ao público em um terreno de 25 mil metros quadrados localizado próximo ao Shopping da Gávea, na rua Marquês de São Vicente, com a construção de lojas na faixa próxima à rua, uma área de parque verde e um setor de preservação ambiental na área mais elevada do terreno. O projeto segue agora para sanção do prefeito Eduardo Paes.
O projeto arquitetônico prevê um térreo comercial, andares residenciais e uma alameda que leva ao parque sustentável, que deverá ser aberto a todos. Já a área superior será destinada à preservação, sem acesso público. Segundo o projeto, todos os custos de construção, equipamento e manutenção ficam por conta dos proprietários do terreno, onde estão as ruínas de uma fábrica desativada há mais de 30 anos, sem onerar os cofres públicos.
Presidente da Câmara, o vereador Carlo Caiado (DEM), destacou que o modelo poderá ser replicado em outras regiões da cidade. “É uma conquista enorme para o Rio, que ganha mais um parque público, gratuito, e sem que o município gaste um tostão na obra. Este modelo inovador pode e deve ser levado a outras áreas da cidade”, destacou.
O vereador Pedro Duarte (Novo), um dos parlamentares que esteve à frente da discussão sobre o projeto na atual legislatura, ressaltou o esforço da associação de moradores, da Secretaria de Urbanismo e da Câmara para viabilizar a instalação do parque. “O diálogo e o debate democrático foram fundamentais para construirmos um modelo final de projeto que abarcou as demandas de todos os envolvidos. Vamos trabalhar para que o parque fique aberto a todos e seja, de fato, um patrimônio de todos os cariocas”, concluiu.
Líder do governo na Câmara, o vereador Átila A. Nunes (DEM) classificou a aprovação como ‘histórica’. “Nós acabamos de dar uma solução a um imbróglio que se arrastava há mais de 30 anos. É raro vermos um projeto construiu uma solução praticamente unânime. Uma proposta que envolverá responsabilidade social e ambiental”, discursou.
Líder do PSOL, o vereador Tarcísio Motta votou a favor da proposta, mas afirmou ter dúvidas sobre a garantia do acesso público a longo prazo. “Nós teremos que estar vigilantes para o resto das nossas vidas para que isso permaneça assim”, declarou.